Saiba quais exames de sangue detectam câncer
Algumas substâncias presentes no sangue podem indicar a existência de câncer ou outros tumores não necessariamente malignos. São os marcadores tumorais, que podem ser substâncias como proteínas ou mesmo mudanças no DNA. A seguir, veja quais exames detectam câncer através da identificação de marcadores tumorais no sangue:
- Hemograma completo, que “mapeia” a situação geral do sangue. Sinais de alerta são a quantidade de glóbulos vermelhos e o tamanho das hemácias e leucócitos, o que pode indicar células atípicas e imaturas circulando no sangue;
- AFP, que detecta a alfafetoproteína (AFP) e pode indicar a presença tumores no estômago, intestino, ovários ou de metástases no fígado. Geralmente, se existem alterações malignas o valor é superior a 1000 ng/mL. Mas o valor também pode estar aumentado em situações como cirrose ou hepatite crônica, por exemplo;
- MCA, que detecta o antígeno mucóide associado ao carcinoma (MCA), relacionado ao câncer de mama. Na maioria dos casos pode indicar câncer quando o seu valor é superior a 11 U/mL. Mas situações menos graves, como tumores benignos do ovário, útero ou próstata também podem gerar o mesmo valor;
- PSA, que detecta o antígeno prostático (PSA) ajuda no diagnóstico de câncer de próstata. Quando é superior a 4,0 ng/mL pode indicar a existência de câncer.
- CA 125, que identifica a existência de câncer no ovário. Geralmente é sinal de câncer quando o valor é superior a 65 U/mL, mas tal valor também pode ser encontrado em casos de cirrose, cistos, endometriose, hepatite e pancreatite;
- Calcitonina, que pode estar aumentada em pacientes com câncer de tireoide, mama e pulmão. O valor de referência é acima de 20pg/mL, mas ele pode estar alterado por problemas como pancreatite, doença de Paget ou mesmo durante a gravidez;
- CEA, que detecta o antígeno carcinoembrionário. Se estiver superior a 3,4 ng/mL no homem ou 2,5ng/mL na mulher, pode identificar câncer no intestino.
Conheça quais outros exames detectam câncer
Além de estarem presentes no sangue, os marcadores tumorais também podem estar presentes na urina. Uma coleta simples pode revelar a presença de células cancerosas provenientes da bexiga, ureter e rins.
Entretanto, outros exames são necessários para detectar o câncer com maior precisão, veja quais são:
- Ecografia, que detecta lesões em órgãos como o fígado, o pâncreas, o baço, os rins, a próstata, as mamas, a tireoide, o útero e os ovários;
- Radiografia, que ajuda a identificar alterações no pulmão, na coluna e nos ossos;
- Ressonância magnética, que permite a visualização de alterações nas mamas, no sangue, no fígado, no pâncreas, no baço, nos rins e nas glândulas supra-renais;
- E a tomografia computadorizada, em geral realizada quando há alterações no raio x, especialmente para investigar mais a fundo órgãos como os pulmões, o fígado, o baço, o pâncreas, as articulações e a faringe.
Além dos exames de imagem, a biópsia é a “palavra final” para o diagnóstico de câncer. Porém, muitas vezes só é recomendada quando há necessidade de averiguação para se determinar se a lesão encontrada em exames de exames são de neoplasia benigna ou maligna e qual o grau e tipo de lesão foi determinada pelo patologista, de acordo com a análise.
Papel do PET-CT
O exame de PET-CT consiste na combinação de dois exames, o PET (tomografia por emissão de pósitrons) e o CT (tomografia computadorizada). Assim, é possível sobrepor as imagens das estruturas do organismo, obtidas pela tomografia computadorizada, com a parte metabólica/funcional obtida pelo PET.
Para que serve
O PET-CT tem indicação para três áreas: neurológica, oncológica e cardiológica.
Na oncologia este exame consegue detectar a atividade dos tumores e determinar o quanto eles se espalharam. Também é possível verificar a eficácia do tratamento, revelando o quanto do tumor foi eliminado.
Como é feito
O paciente examinado tem uma solução de glicose (açúcar) injetada na veia. Essa substância é levemente marcada por radioatividade e serve como alimento para muitas células. Quando a célula consome a glicose para gerar energia, ela fica destacada pela radioatividade.
Em caso de câncer, os tumores têm um metabolismo diferente das células sadias. Isso significa que eles consomem glicose em outro ritmo, o que os torna evidentes pela marcação radioativa.
Preparo e contraindicações
O preparo requer jejum de seis horas, suspensão da cafeína e do tabaco por 12 horas e evitar exercícios na véspera do exame. Em alguns casos, é preciso seguir uma dieta específica no dia anterior ao procedimento.
O exame é contraindicado para mulheres grávidas.